sábado, 15 de setembro de 2012

Preto-Velho e Preta-Velha



São entidades ou espíritos da umbanda que se apresentam como velhos ou escravos africanos que viveram nas senzalas que morreram no tronco ou de velhice. Todos eles literalmente são sábios, ternos e pacientes que dão o amor, a fé e a esperança aos seus “filhos” (médiuns)

Apesar da idade avançada, eles tiveram o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da crueldade do cativeiro sempre demonstraram a fé para suportar as amarguras da vida e também sempre trazem a esperança e a tranqüilidade aos consulentes que ao procuram para amenizar as suas dores.

Através de suas várias experiências, eles entenderam e sempre dizem que somente “o amor constrói e une a todos, que a matéria (o corpo) nos permite sentir e vivenciar os fatos e as sensações, mas que o amor não existe por si próprio”. Somos nós que criamos estas experiências e, que a realidade é o espírito da vida.

A principal característica desse povo é o conselho, as orientações aos consulentes que sempre buscam os remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma. Eles ou elas sempre estarão com o seu olhar insanável sentados em seu banquinho e fumando seu cachimbo para a limpeza e harmonização das vibrações dos médiuns e dos consulentes.

Os Pretos Velhos e as Pretas Velhas sempre são homenageados no dia 13 de Maio, data que foi a abolição da escravatura no Brasil. Eles sempre se apresentam com nomes que individualizam sua atuação de acordo com sua região de onde vieram, como: Pai Francisco do Congo, Pai Joaquim de Angola, etc.. Os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas mais comuns que se encontram no terreiro são: Pai João, Pai Francisco, Pai Benedito, Vovó Maria Conga e Vovó Catarina.

Na sua gira, eles e elas só comem o que for feito de milho como, por exemplo: bolo de milho, pamonha, cural, cuscuz, etc.

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